DOM QUIXOTE DE LA PLANCHA

Autor: Laura Bergallo
Ilustrações: André Côrtes
Número de páginas: 128
Editora: Escrita Fina

Sinopse: 'Dom Quixote de La Plancha' é um livro sobre a dificuldade de lidar com situações-limite, sobre a dor de precisar de um transplante e sobre a angústia de esperar por um órgão que nunca chega. Mas também é um livro sobre a solidariedade que salva vidas.
A solidariedade que às vezes falta e às vezes tarda, mas que nos ensina que não há outro caminho para que nos tornemos realmente humanos.
 
A história cheia de surpresas de um jovem equilibrista

Em seu novo livro, Laura Bergallo conta, sem melancolia ou lugares-comuns, como Dom Quixote de La Plancha saiu dos picadeiros para a fila de transplantes.                  

Jean Alonso – mais conhecido como Dom Quixote de La Plancha – tem serragem nas veias. Isso porque pertence à quarta geração de uma verdadeira dinastia de circo. Filho de trapezistas, neto de palhaço e bisneto de acrobata, Alonso herdou a paixão pelo picadeiro e a habilidade como artista: com apenas 9 anos, já era craque no rola-rola. Seu número no Gran Circo Cervantes, no qual fazia estripulias em cima da prancha, sob a fantasia do herói espanhol, levava a plateia ao delírio.
Por tudo isso, Dom Quixote, ou melhor, Alonso, era um garoto muito feliz. Adorava trabalhar no circo e viver viajando; sabia que tinha nascido para aquilo. E, ainda por cima, aos 15 anos conheceu sua Dulcineia: Luciana, a linda filha de um mágico.
Foi para ela que, um dia, o garoto exagerou na ousadia. Queria fazer um grande número para conquistar o coração da amada, com muitos cilindros e malabarismos, e até tirou a lonja da cintura, para aumentar o suspense. Estava impecável na apresentação, até que algo de inusitado aconteceu. E, a partir daí, sua vida mudaria definitivamente.
Ao despencar do alto das muitas camadas do rola-rola, num acidente banal, Alonso fraturou um rim – o único que tinha. Foi então que, do mundo mágico das acrobacias e palmas do picadeiro, caiu assim, de supetão, no universo de máquinas, agulhas, remédios e homens de branco. Uma nova realidade onde ele não podia mais pular, viajar ou fazer números. Onde não tinha mais Luciana, sonhos de artista, treinos e aventuras. No seu lugar, palavras estranhas como “hemodiálise”, e um número assustador num cartão: sua vez na fila de espera por um transplante.
Por isso, Dom Quixote de La Plancha é uma história, sobretudo, de superação. Como aprender a viver num mundo tão diferente do seu, com limitações impostas tão à queima-roupa? Como é, para um adolescente acostumado a explorar de forma lúdica os seus próprios limites, ver que num repente estes limites são outros – muito mais próximos, muito mais sufocantes?
Num delicado elogio à imaginação e à coragem, Laura Bergallo constrói uma história que nem sequer resvala nos riscos de melancolia que habitam o tema. Pelo contrário, em sua viagem pela vida de Jean Alonso, nunca abandona a graça do picadeiro, com sua primordial premissa: a de encarar com garra e risos nossos maiores desafios.
Além disso, o novo livro da premiada autora tem o mérito de lançar luz à arte circense no Brasil, mostrando como é a vida desses artistas nômades que levam alegria a tantas cidades.

Para saber mais acesse o site da autora: http://www.laurabergallo.com.br/home.asp


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